VIBRAÇÃO EÓLICA

Vento que aqui aquis curvar
Traz ventura aos filhos desta terra
Suaviza o jugo dessa gente
Que sonha
Que acredita
Que se trumbica
Leva consigo as palavras vazias
De compromisso
De verdade
Os comportamentos dúbios
Dos mandatários deste povo
Que não executam
Que não legislam
Segundo suas dialéticas temporárias
Leva essas ondas sonoras vazias
Selva adentro
Civilização afora
E aflora nesta gente silvestre e pós-moderna
A sensação do prazer vital
O afã da verdade
E a aversão
Aos que atravancam
As águas deste rio.

Felicitate

Quis a pena (d)escrever-te
E a tinta se foi na escassez
Quis o verbo expressar-te
E o verbo num repente se fez carne
Quis a carne visitar-te
E a ponte se (des)fez

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Estás na imensidão?
No apalpar das pálpebras?
No silêncio do sussurar do rio?
Ou no frenesi adrenalino da vida?

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Estás na persona e no meio
Nas oportunidades dos abraços
Na (a)normalidade da vida
Na apologia vital
E no negar da morte
No re-cordis sem mácula

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E se de tudo...
E, se de nada...
Deus providet.
Deus providebit.