ALDEIA

Vede a minha aldeia
Vede a vida perecer
Em ataques imbecis
De uma gente idiota
Que arrota um discurso cópia-borrada
Vede a vida a renascer
Em eflúvios incontíveis
Ultrapassando barreiras
Destruindo idéias destrutivas
Vicejando o novo
Para preservar o perene
O frágil
Vital para gerações
Da minha aldeia
E dos arranha-céus inanimados

ABISMOS

Civilização silvestre, humana,
Que cheira a látex
Natural, pneumático
E a azzaro;
Que toma um Porto no porto
E na suíte um kambô;
Que se cura a laser
E a rezador.
Vastos abismos domésticos,
Silvestres,
Tropicais.
Polares,
Ademais.

PERALTICE

Cuidado, menino!
Olha a altura que te persegue!
Não! Não olha!
Que tu podes desabar...
Foi tarde!
Foi choro!
Foi peito!
De novo, corrida desajeitada,
Cabeçada,
Testada:
Nó, dó!
Só Deus!
Dorme, sossega,
Cresce, amadurece...
Pra não cair,
Pra acalmar meu coração.
Isso é diversão?
Só Deus!

RADICAL

Abre a cabeça
Aduba teus neurônios
Desmaluquece tuas idéias improdutivas
Radicaliza as que te fazes luz
Chega de ordens, de fileiras acríticas
Ao xeol autoritárias idéias estéreis
Urgencia a anulação de sonhos robóticos
Querem te enquadrar (Sim, Senhor!!!)
Querem te alinhar
Querem te emprenhar
Querem te mumializar
Querem te guiar a zonas dúbias
Em disfiles a Pátria
Sejas tu
Sejas móvel
Sejas pulsante
Amante do novo e do desvelhecido
Republica nossa historia
Abre
Aduba
Desmaluquece
Radicaliza
Chega!

Perfil do Blog Farofino

Este espaço deve buscar a exposição de verdades. (A VERDADE em si está em outro nível.) E as verdades nem sempre são as nossas nem as de nossos aliados. Além do mais, nossos pontos de vista, mesmo com a isenção proposta, carregam muito de nossas aptidões, vivência, emoções. Os bramidos que ecoamos e a letra, a qual damos vida própria, vão contageadas por todas as vozes que nos acompanham, nos acalentam e nos atormentam.