segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Comemos merda

Vou processar um restaurante de Cruzeiro do Sul e, com razão! Já comi em alguns lugares estranhos; já provei coisas exóticas pra nossa cultura – rã, por exemplo –, mas nunca havia comido merda. E foi num restaurante de Cruzeiro do Sul que isso me aconteceu. E não só a mim. Mas também a outras pessoas, inclusive, a uma importante visita que esteve na cidade na última semana.

No intuito de fazer cortesia ao visitante, resolvemos acompanhá-lo, na última quinta-feira, 06/11/08, a um restaurante da cidade. Chegando lá, logo pedimos o cardápio. E foi o visitante que sugeriu o prato, com o qual concordamos. Tomamos cerveja, jantamos, batemos papo, paqueraram... Lá pelas tantas quisemos pedir mais um petisco. E qual foi a surpresa, na releitura do cardápio justamente o nosso visitante descobriu que havíamos comido merda. Sim! E foi por extrema distração nossa. Na descrição do prato no menu havia a informação de que naquele prato havia “Peixe cozido no leite de cocô”.

Esta pode ser a defesa do restaurante: “Comeram merda porque foram desatentos! Estavam avisados!” Contudo, aquilo foi um atentado a nossa saúde. Merda não se come, sem ser criancinha ou velhinho gagá. E nenhum de nós ainda chegou a tanto.

Não me perdôo também porque não tive a competência com o meu faro fino de ter percebido ali algum odor estranho. Que faro fino é esse? (Se não distingue nem mais o aroma de uma refeição comum de uma outra à base de cocô.) Meu faro já não é fino! E por causa disso comi merda! Ugh!

Sei que a Língua maltratada já traiu muita gente. E apesar dos contratempos que ela pode ocasionar, sempre gostei dela. Agora que fui traído por ela (e ela me fez passar por uma situação constrangedora) nossa relação não será mais a mesma. Vê-la-ei sempre com desconfiança.

Talvez esteja sendo injusto com a nossa Língua. Na verdade ela foi maltratada, por isso reagiu fazendo uma grande desfeita conosco. Mas não me conformo porque comi merda! Que bosta!!!

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