quinta-feira, 2 de abril de 2009

Gago ao telefone


Li em alguma página da internet que o deputado Diogo Tita, de Mato Grosso do Sul, apresentou um projeto de lei na Câmara propondo uma cobrança diferenciada, mais barata, para os telefones de pessoas gagas. Ao falar no telefone a pessoa pode demorar mais tempo.

Vi tudo isso com certo desdém e graça.

Nesta terça-feira, 27/10, pude perceber que essa ideia é nada boba. Qual a razão dessa descoberta?

Por motivo de trabalho, fiz uma ligação interurbana de meu celular e repassei o telefone para uma outra pessoa, um senhor já de uns 50 anos ou mais, para que ele tratasse com um outro interlocutor sobre assunto de interesse nosso e de nossas instituições. Detalhe: esse senhor era gago. E pra meu aperreio aquela ligação se prolongou ainda mais devido essa dificuldade fonética do referido senhor.

E a cada vez que ele se afobava por que o interlocutor não entendia o que le dizia - suponho - a gagueira só piorova e o tempo de ligação se estendia ainda mais. Só sei que de segundos em segundos aquela ligação tornou-se mais extensa.

Senti na pele que a gagueira pode fazer com que uma ligação telefônica dure mais tempo e o gasto, por conseguinte, maior.

Assim, reelaboro minhas considerações sobre o PL do Deputado Diogo Tita, sendo um dos que entende que esse deve virar Lei, sem qualquer desdém da sociedade. A coisa é séria!

Gagueira não tem graça!

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