quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ou a língua, ou o beiço!

PTN é pressionado e se diz oposição a Vagner Sales

Coordenada pelo Partido dos Trabalhadores de Cruzeiro do Sul, neste último dia 27 de Janeiro, houve uma reunião dos partidos da Frente Popular no município para discutir qual a posição de cada um diante da administração do prefeito Vagner Sales. Isso ocorreu porque houve deserções de vereadores eleitos pela Frente Popular na eleição para a mesa diretora da Câmara, quando preferiram votar a favor da mesa diretora ao gosto do prefeito do que firmar posição de oposição naquela casa. Aliás, a oposição teria maioria se os vereadores do PTN (Luís do Correio e Pastor Ribeiro) e o do PP (Altemar) não tivessem composto com a base do prefeito naquela eleição. E diga-se, o Pastor Ribeiro ficou inclusive contemplado na mesa diretora como seu 1º Secretário.

A reunião serviu para ali se definir qual a posição desses vereadores daqui para frente. Estarão sendo oposição ou marcharão na base de apoio a Vagner Sales? Esta era a grande interrogação da noite. Segundo o Presidente do Diretório Municipal do PT, o ex-vereador Gontran Neto, não se pode daqui pra frente admitir que vereadores eleitos pela FPA, ao mesmo tempo em que continuam fazendo parte desta Frente, estejam na base de apoio de Vagner Sales, o maior adversário da FPA em Cruzeiro do Sul.

Na presença de membros de todos os partidos da FP de Cruzeiro do Sul o PTN, que esteve muito bem representado na reunião, inclusive por seus dois vereadores e pelo Vice-Presidente Regional Francimar Asfury, fez a sua mea culpa e comprometeu-se que seus vereadores continuavam fazendo parte da FPA sendo oposição ao prefeito, segundo palavras do próprio dirigente estadual. Essas palavras de comprometimento do dirigente do PTN desarmaram muita gente e baixaram o tom da reunião que pelos burburinhos prometia ser tensa. Nesse mesmo rumo foram as falas dos vereadores e dirigentes municipais desse partido, que estava até ali como o Judas da FPA no município.

Outro desertor que merece ser citado é o vereador do partido do vice-governador (PP), Altemar, que além de ter votado a favor da mesa diretora como queria o prefeito Vagner Sales (PMDB), nem compareceu a essa reunião. Diz-se que o vereador assume por onde anda que o seu mandato é dirigido por uma comissão da Vila Santa Rosa, onde mora. E essa comissão o orienta estar ao lado do prefeito para facilitar nas negociações em busca de melhorias para aquela comunidade. Enquanto isso o presidente municipal do PP Nonato Costa afirma - como diz a lei da fidelidade partidária - que o mandato do vereador será conduzido pelo partido não se admitindo que o mesmo seja da base aliada do prefeito. Prometeu na reunião que o mesmo vereador poderá, inclusive, ser punido por suas atitudes infiéis.

Depois de muitas falas e comprometimentos foi dado o encaminhamento de marcharem todos unidos na Sessão da próxima terça-feira, 03/02, na ocasião da eleição da escolha das comissões permanentes daquela casa legislativa. É pagar pra ver! Pois o prefeito, gato deveras escaldado na política da moeda de troca, há de mexer seus pauzinhos administrativos pra não deixar por menos quanto à mesma eleição. Aliás, conforme as contas, a oposição tem chance de ganhar todas as presidências de comissões. É só marchar unida e entregar (quem tem) os cargos que se ganhou do prefeito na administração municipal por ocasião da negociação para a eleição da mesa diretora. Agora é a língua, ou o beiço! Não se pode servir a dois senhores. E a fidelidade partidária está aí pra punir os Judas. Fiquemos no aguardo dos acontecimentos, pois a coisa já está ficando divertida.

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